Tuesday, October 02, 2007

Despedida no Chill Out


Se não entender a legenda, não se preocupe.
Elas não são para serem entendidas assim como vários acontecimentos da noite!





Meus meninos! Meus amores!



Só uma passadinha! Obrigada meninas.


Não me apetece uma moca de sono e uma resma de melgas. Que mal feitio!




Amigos do peito





Ai se o soba sabe!



Cheeeee e agora? Só no ano que vem!





Pão pão, queijo, queijo. A-do-rei!




"Me espera que vou ao banheiro "





"Há coisas fantásticas não há? "


Thursday, September 27, 2007

Quero ficar em Luanda!!!!!!!!!

Hoje é meu último dia em Angola. Amanhã parto no concorrido vôo da TAAG Luanda/Rio de Janeiro para o Brasil, sem previsão de volta, ainda, para esse país que me acolheu tão bem e me deu 334 dias de ótimas lembranças.

Fiz amigos, vivi intensamente.
Me aventurei nesse trânsito maluco e me deliciei nas fantásticas histórias desse povo e dessa cultura. Dancei a kizomba, comi bué de muamba e o calulu, comprei mambo no São Paulo e me assustei com os kandongueiros. Tive altos e baixos, confundi ginguba com gindungo, achei que o outdoor escrito "Registo" estava errado e aprendi o que é um bom choco.
Sobrevivi à falta de água, de luz, de internet e gerador. Vi a bomba dágua quebrar várias vezes, fiquei com lama nos pés, senti mosquitos comendo minha orelha a noite e consegui viver com o cabelo seco, empoeirado e sem tinta. Manicure já não me lembro o que é mais.
Com tudo isso e muito mais situações adversas, me senti em casa aqui desde o meu primeiro dia.

Angola, vou voltar!

Monday, September 10, 2007

Quase um ano se passou que eu vim para Luanda. Ao mesmo tempo sinto que tudo foi muito rápido, tambem sinto que os dias são cada vez mais lentos. Acho que por ter menos novidades para conhecer a cada dia e tudo estar se tornando parte de mim, do meu cotidiano.

Muita água se passou debaixo desses 11 meses na cidade mais desenvolvida de Angola. Injusta, desequilibrada, desordenada. A cidade dos revezes, do “tem mas não há”, dos absurdos. Cidade de quem dança por tudo e não tem comida no prato. Luanda de muitos carros e poucos postos para abastecer. Luanda que me encantou pelo seu povo e pela sua força. Uma cidade coração para os estrangeiros que chegam abertos a conhecer um novo mundo.

Os últimos dias tem sido um tanto quanto intensos. Novidades na empresa, mudanças na vida das pessoas que estão ao meu redor, o final da terceira temporada chegando.

A última das novidades aqui foi a Semana Brasileira, para comemorar a Independência do Brasil. Vivemos aqui o nosso Brazilian Day. Uma festa fantástica na Fortaleza de São Miguel com Jorge Aragão, Banda de Boca e Banda Maravilha. Uma das melhores de Angola. Todos os brasileiros que estavam na cidade e os angolanos mais saidinhos estavam nesta festa. Foram horas e mais horas de música e dança. Cerveja free para quem gosta (free não, bem cobradas nos USD 40,00 da entrada), churrasco, música, música e mais música.




Mas o que me emocionou mesmo, talvez por estar sozinha em casa, foi ver pela televisao o Brazilian Day em NY. Me emocionei de verdade ouvindo Asa de Águia e aquela música que sempre me mata quando escuto. Eu não sei o nome, sou péeessima. Duda Mendonça não poderia ter sido mais feliz na sua composição. Acho que é dele mesmo. É aquela que começa assim: “Ah que bom você chegou, bem vindo a Salvador, coração do Brasil...”. Quando cheguei em Salvador, minha primeira mudança radical, quando saí de São Paulo, foi com ela que fui recepcionada no aeroporto. Sabia que apesar de todos os riscos e todas as dificuldades que eu ia encontrar, estava no caminho certo. Mal imaginava o que ainda estava por vir na minha vida.

Voltando ao programa do plin plin... uma retrospectiva se passou na minha cabeça e voltei a sentir todas as sensações que me tomaram nos anos que passei desde que saí de São Paulo de vez, sabendo que tão cedo não voltaria. O cheiro do mar no meu primeiro apartamento na Barra. A expectativa do primeiro Natal longe dos meus pais, da primeira viagem de carro sozinha pelas praias paradisiacas do norte, a agonia das 7 mudanças de casa que tive que fazer sozinha, o medo de comprar o meu carrinho sozinha na mão de desconhecidos sem a ajuda de um homem. O desespero de chegar em casa e ter toda a comida roubada... ahh várias histórias que não caberiam em um dia de conversas sem paradas para o xixi. Pensei: o que estou fazendo da minha vida? Tudo isso vale a pena? E a resposta, definitivamente é SIM!

Tenho minha família de verdade em São Paulo que eu amo, e hoje consigo me expressar muito melhor com eles. Mais do que ninguém eles me apóiam e estão sempre do meu lado, mesmo longe, o que não diminui nosso amor e me faz mais forte a cada dia para continuar a buscar o que é melhor para mim.
Amigos graças a deus eu fiz em todos os cantos por onde passei, e muitos. Arrumei irmãos no Rio de Janeiro, cúmplices em Recife, comadres em Santa Catarina e Rondônia, parceiros de conversas de botequim em Salvador, mesmo que elas acontecessem num pôr-do-sol na praia.

Mais uma temporada de “Survivor Luanda” está terminando e logo as minhas férias chegam... que delícia. Poder ver todos, ou pelo menos uma parte, de todo mundo que eu amo.

O Brasil é minha casa. Angola é meu país. Pelo menos por enquanto.
Mesmo consciente do que posso estar perdendo pela distância, meu coração sempre vai ser verde e amarelo e a morada de todos aqueles que eu deixei.

É que eu sempre digo.. o melhor de poder estar aqui é sempre poder voltar!

Sunday, August 26, 2007

A noite do Traldi...

Eu entre Fabio e Claudia. Ao lado de Claudia, Roro e Paloma, recem chegada.
Abaixada, Vanessa ex-Engenhonovo.
Nete tambem foi... olha ela... opss. Estava na mesa comendo ginguba!

Ontem fomos a mais uma festa de despedida. Desta vez de Fabio Traldi. Nosso cliente e amigo da Movicel que agora vai voltar para Sampa, e casar - para a tristeza da mulherada. Poxa.... as pessoas se vao mesmo! Isso e triste! Nossa familia vai diminuindo, ficando cada vez menor.
Bem, para jogar uma boa energia para ele no universo, a galera da Movicel preparou uma rave. Uma rave bem ecletica por sinal. A RAVE TRALDI. Chegamos quase meia noite para curtir mais uns momentos de alegria nessa cidade.

Bebida, muita ginguba doce, clip dos melhores momentos dos 2 anos de Fabio aqui, muito choro e claro, muita musica! Um DJ animava a galera que dancava descompensadamente de "Fiorentina" do Tiririca ate Astrix (sim... acredite!), passando por um revival do Pet Shop Boys e sertanejo para dancar juntinho nas Festas de Peao... Sera que ele sabe que agosto e o mes dos rodeios em Sao Paulo? Quando eu digo que foi ecletico, acreditem. Foi mesmo!




Clau - T-shirt da caricatura de Fabio


Fabio,

Que Deus coloque no seu caminho muitas alegrias e que sua vida pessoal e profissional que comeca agora seja repleta de boas surpresas. Sorte, sorte, sorte!

Estamos todos juntos com voce!

Sobre a nova casa

Pois entao... preciso descrever para voces a minha nova casa. Vaaaarias reclamacoes dos amigos porque nao contei com detalhes essa novidade. Vamos la entao...

Nosso apartamento fica na Rua Conego Manuel das Neves, uma das poucas ruas com nome, que tem um comercio bastante grande no bairro em que moramos. Eu nao sei realmente o nome do bairro. Fica tao pertinho da agencia e do Kinaxixi mas nao e nem Cruzeiro e nem Kinaxixi. Vai entender! Pelo menos a rua tem um nome.


Abaixo de nos, tem um banco. A frente uma padaria, ou pastelaria como chamamos aqui. No meio da semana, desde que nao seja na hora do almoco, encontramos algumas lojinhas e mercearias abertas. Claro que a vitrine de todas eu conheco mas nem me arrisco a comprar nada. Tudo aqui e caro demais por ser importado e entre pagar roupas brasileiras em dolar ou real, fico com a ultima opcao pagando nos shoppings de Sampa, onde tenho menor preco e mais variedade.
Nosso predio aqui e um dos melhores que ja estive, apesar de nao parecer. Moramos no primeiro andar, num apartamento de 3 quartos com sala grande e uma cozinha lindinha, toda equipada.

O predio nao tem porteiro, portoes ou seguranca, como costumamos ver no Brasil. Sao entradas abertas para a rua com as escadas que dao acesso aos apartamentos. Por conta disso, todas as unidades tem duas portas. Uma de ferro por fora e outra de madeira, normal, que entra em casa. Ficamos tranquilos porque o banco tem 3 segurancas armados, o que nos deixa mais calmos.

Chamamos o predio carinhosamente de sanatorio. Como todos os angolanos, as pessoas que moram aqui no nosso andar sao muito interativas e falam quase que gritando. Entao, todas as noites os vizinhos parecem que marcam de se encontrar e quando resolvem dormir, as tais portas de grade comecam a bater e fechar mais ou menos na mesma hora. E engracado. Dizemos que e a hora de recolher no Sanatorio da Conego.

As grades do Sanatorio da Conego


No comeco tinha bastante receio de sair do predio. Varios putos (como as criancas sao chamadas aqui) ficam na frente nos olhando com estranheza pedindo dinheiro. Da janela a gente ve para onde o dinheiro vai. Bebidas, cigarros e drogas. Nunca dei mas hoje ja sei lidar com isso um pouco melhor, conversando com eles.

A vista da varanda da sala nao e mal se nao olharmos em detalhes(tudo bem que ela fica mais fechada que aberta por causa da poeira da rua, mas tem varanda!). A rua e bem bonitinha e os predios tambem, mas temos que fechar os olhos para a lama, cocos e xixis que temos que pular todos os dias para pegar o carro e sair.



O que assusta um pouco e a vista que temos da entrada do apartamento que da para os fundos do predio, mas que para nos vira paisagem com o tempo e passamos a nao nos incomodar. Assim como o fundo do nosso predio da para esse larguinho, os fundos dos predios vizinhos tambem. E ai vemos como sao os habitos da vida dos angolanos. As roupas nas janelas, os gaiatos bebendo logo de manha, gritos de uma vizinha chamando a outra do predio do lado e dos putos lavando carros e comprando coisas das zungueiras que se concentram nos pilares dos predios.


Vista dos fundos do predio, onde tem a porta de entrada do apartamento




Essa e a nossa sala.
Do quarto? Hoje e domingo... nao tem Sao e nao tem Sambita.
Quando estiver arrumado tiro fotos e publico!



Thursday, August 02, 2007

Tributo a Renato Russo

Desde que cheguei aqui nesta temporada e fui para o novo apartamento novo, nada funciona na sua normalidade. Mas isso não é um privilégio meu não, grande parte da cidade está passando por problemas de infraestrutura. Há dias estamos sem água da rua e de vez em quando ainda falta luz. Grande maioria das casas próximas dessa nossa região têm gerador e bomba d'água - enquanto a nossa tem também, tem mas não há.

Tudo é novinho. O gerador chegou de Portugal, embaladinho para presente, mas ainda não saiu do container do navio... ou seja, quanto falta luz na rua não tem luz em casa de jeito nenhum, só luz de vela quando se acha o fósforo na escuridão. Como estamos no Cacimbo, no inverno aqui, grande parte dos ar-condicionados da cidade estão desligados (isso durante a noite, porque durante o dia ainda é necessário o arzinho fresco), não com muita frequencia acaba a energia. No verão, os primeiros meses que eu passei aqui, chegou a faltar 5 vezes por dia. Hoje não chega há 2 por semana. Menos mal.

A bomba d'água também é novinha. Fica lá em cima do prédio. De tão novinha chamou a atenção que algum malandro roubou uma peça dela, uma certa molinha que bombeia a água. E cade essa molinha que não tem para comprar??!! Cadê o técnico que por 7 vezes (sem exagero) marcou para ir para o apartamento ver essas coisas e nunca apareceu?... a certa altura não atendia sequer nosso telefone, até que começamos a fazer um rodízio de números aqui na agência e ligar dos desconhecidos para ele. Mesmo assim nunca apareceu. Chamar outro? Chamamos, mas devia estar jogando cartas com o primeiro porque também não passou em casa.
O que temos feito todos esses dias é comprar água nas mãos dos meninos, água da rua. Eles sobem as escadas com aqueles baldões na cabeça e levam para um tonel de plástico preto que temos em nossa cozinha. Então, fervemos essa água e com ela tomamos banho. Tomamos banho e mais nada.

Cozinhar não cozinhamos nada em casa. Lavar roupa, levamos tudo para a agência. Escovar os dentes, só com água mineral. Xixi? Melhor pular essa parte. Quem sofre é a São, nossa organizadora de lares. Não preciso explicar detalhes. Essa fase de casa nova, de mudança, é sempre assim. Já é a segunda casa nova que entro e a segunda vez que passamos por isso desde que cheguei à cidade. Chega até a ser divertido. Compus com Freddy um conto "A revolta dos eletrodomésticos" e Renato Russo é nosso ídolo em casa... Ele compôs o nosso hino... "Se ontem faltou água, anteontem faltou luz..."

Viver como angolano não é fácil. Aprender a viver como angolano é um privilégio.

Eu estava achando que todo esse panorama era péssimo. Péssimo até conversar com as pessoas que trabalham com a gente, os angolanos mesmo. Enquanto a gente reclama de 24 dias sem água, eles não tem água encanada há meses. Luz? Na casa de Sambita, não me lembro da última vez que ela disse ter visto a lâmpada acesa.
Aqui a gente sente na pele o valor das coisas mais simples e tomar banho de canequinha deixa de ser uma tortura porque no fundo, a gente tem como comprar litros e litros de água por Kz500. A gente pode mandar trazer do Brasil Tylenol e comprar um Toblerone branco tamanho gigante no Free Shop para as horas de depressão.

Sempre converso com Pedro sobre o motivo de estarmos aqui. Sempre batemos cabeça tentando achar respostas para nossas indagações. Estar aqui por trabalho, é muito pouco. Pouco porque a questão é muito mais profunda. Poderíamos estar em agências em qualquer lugar do mundo. Mas porque aqui? Certamente estamos aqui para aprender, cabe a cada um de nós olhar para as coisas que vivemos no dia a dia e fazer a lição de casa.

Monday, July 30, 2007

Enquanto o sono nao vem...



Enquanto o sono não vem
Viajo nas minhas ilusões
Divago com as minhas memórias
Esqueçoo que o tempo é feroz
Me assusto, perco o ar
Vejo ondas no céu e núvens no mar

Enquanto o sono não vem
Pensamentos tomam a minha mente
Que o vento passa e leva consigo

Meu discurso é comigo
Minhas palavras são verdadeiras
Meus gestos são sinceros
Verdades que nem semprem se poem a mostrar

Enquanto o sono não vem
Brinco de contar carneirinhos
Vejo fadas, falo com duendes
Sou princesa e madrasta má


Enquanto o sono não vem
Pisco os olhos como mágica
Grãos de areia
Minhas pálpebras estão a pesar

Enquanto o sono zzzz.....

Thursday, July 19, 2007

Dos míseros Reai$ aos duros USDólare$




Pois é! Em 2002 tudo era diferente. E bem diferente.

Depois de uma quinta ou sexta-feira de trabalho eu normalmente ia com Silvinha Stardom e Fabinho Murata (owwww saudades deles) para os cafundó do Brooklin, num barzinho chamado Fusca, curtir um pagodão sem compromisso.


Pagávamos R$2,00 para passar a noite num lugar de gente desencanada, que nada tinha a ver conosco. Assim encerrávamos nossas semanas. Ali eu tomei a minha primeira caipirinha inteira para o orgulho de meu pai.


Éramos nós duas sempre, um pessoal que trabalhava com Sil e de vez enquando um ou outro acompanhante que não se conformava com a “galera”local ou a cerveja quente que ficava aos montes em cima de uma mesa de sinuca rasgada no centro do bar. Lá no fundinho, do lado esquerdo de quem entrava um grupo de pagode tocava seu sonzinho para os montes de pessoas que se apertavam para dançar um samba-rock arranjado no chão de cimento pintado cinza e roxo no local.


Aquele Grupo que se apresentava no Fusca chama-se até hoje Revelação, faz sucesso nas rádios e nas bocas dos angolanos mais animados. Ontem fomos ao show deles no Cine Atlântico e, pasmem, paguei USD50,00 para curtir algumas horas de música brasileira da melhor espécie. Faltou Nete, Rô e LP dos brasileiros que moram aqui em casa, a caipirinha doce e a feijoada. Foi óootimo.


Hoje, depois de 5 anos, lembro disso com saudades e querendo que Silvia participasse desse momento.






3.750 Kuanzas ou USD 50 - o dinheiro mais alto e mais prazerozo que gastei nesta temporada.



Saturday, July 14, 2007

Um dia no Cazenga, uma lição para a vida!


Hoje acompanhei uns amigos que foram fazer um documentário sobre um fotógrafo que estava expondo seus trabalhos numa rua do Cazenga, um dos bairros mais pobres e sem estrutura aqui de Luanda. Foi uma experiência única!

Uma rua de terra e várias casinhas simples. A maioria barracos. Os donos emprestam seus muros para o fotógrafo expor suas fotos


Filhos dos moradores dessas casas foram instruídos para receber os visitantes e apresentar as fotos casa por casa. Detalhe: a maioria dos visitantes que eram pessoas do bairro que estavam ali para prestigiar e festejar o trabalho do artista e nós, os únicos de fora de verdade. Os únicos brancos e com uma grande oportunidade de viver um pouco o dia dos angolanos que representam a grande maioria do país.


Anfitriões de primeira. Todos foram muito receptivos e atenciosos conosco. E de graça.


Toda a comunidade tambem foi convidada a mostrar seus trabalhos em barraquinhas organizadas. Impressionante a atenção dedicada a nós. Todos os que estavam ali faziam questão que tocássemos, provássemos, vissemos e experimentássemos o que eles nos ofereciam. Os meus kambas aí de cima são costureiros que ensinam criancas de 12 anos a cozer nas horas ociosas.

Na barraquinha deles vários fatos amarelos e coloridos.

Claro que o foco da nossa visita eram as fotografias expostas, porém imagina que eu não ia enlouquecer com o que eu encontrei no meio da exposição: uma barraquinha onde as crianças eram distraídas por uma monitora para que não ficassem nas ruas sozinhas e para que seus pais pudessem cozinhar ou vender seus artigos no evento. O que me chamou a atenção foi o número de crianças para o número de barraquinhas. Estamos falando de mais de 50 crianças concentradas em um espacinho e de no máximo 10 barracas. São mais ou menos 5 crianças com menos de 12 anos por família. Acho que isso sendo bem positivo e sem contar os grandinhos que podiam circular.





Não aguentei. Fiquei aqui grande parte do tempo que estivemos na exposição.

Não preciso dizer como me senti ou qual era a minha vontade. Meu sorriso me entrega. Todas as crianças eram receptivas e queriam por que queriam tirar suas fotos conosco. E eu também, claro. Tentei conversar com todas as que cruzaram meu caminho porém elas não são muito falantes e ainda há a dificuldade do sotaque e do falar baixinho, mas via-se nos olhos de cada uma delas o que queriam dizer.


Aqui algumas fotos das famílias que moram na rua. Numerosas e bem simples, eu via que assistiam a tudo aquilo sem entender muita coisa. Em seus muséques, ficavam a porta somente passando os olhos nos transeuntes, em nós e em suas crias. Sempre sorridentes e receptivos.



Tia Isabel - dona de uma das barracas que nos fez peixe com feijão.
Nao vou mentir: me incomodou demais e não consegui comer ali.
Mais criancas, mais Patricia realizada

Friday, July 13, 2007

Minha despedida de Salvador - Um capítulo à parte

Minha despedida foi fantástica e merece um capitulo à parte. Foi um monte de gente. Ai, eu amei!!! Ficou marcado mesmo. Foi muito especial e me senti mais acolhida do que nunca na cidade da Baia de Todos os Santos. Não tem jeito. Salvador foi amor a primeira vista e cada vez que volto la é mais especial. Fomos para o Tijuana e o final da noite terminou com Fau numa filosofia insana na Bahia Marina (amigooooo... más linguas. Continuo com Pedro).

1- Iris e Ro... sem comentários! Tudo de bom sempre! Minhas irmãs de coração.
2- A Tay e O Du, casal maravilha, Binho e Jujuba. Amigos do coraçao e mais que especiais.
3- Agora com Helen e Paulinha. A primeira amiga em Salvador e a mais recente - me ganhou em Maceio.

1- Heraldinho e Carol. Todo o apoio do mundo do comeco ao fim .
2- My OpenBar friends, Tiago e Drika -toma-lhe, toma-lhe, toma-lhe surpresas!
3- Com Johnny Boy - figura essencial daqui para frente!


1- Louti e Gal, todo mundo merece a felicidade depois de viver em Angola
2- Ed, fiel companheiro agora de brincos e sem ameacas
3 - Ja com Fau na Marina... que viagem, que filosofia!

Resumo dos acontecimentos- 50 dias sem notícias!

Amigos, família e curiosos,

Mais uma vez peço desculpas por não atualizar meu blog com a frequencia que eu deveria.
Daqui há pouco eu vou ter mais posts de pedidos de desculpas do que de novidades sobre minha jornada pela África.

Bem, como de costume saí de férias depois de três meses em Luanda e fui visitar mais uma vez Liboa e aproveitei para dar uma esticadinha por Madrid e Barcelona com minhas amigas Isabel e Virgínia. Foi ótimo! Claro! Estou colocando algumas das 5 mil fotos tiradas para constar porque tem história! Gaudi, Dali, Picasso, Velasquez, enfim... tudo o que eu mais queria quanto à Arte e Literatura, passando pelas noites espanholas e passeios turísticos. Amei!

Madrid

Arte, cultura e night com minha amiga Bel. Acima, à direita, Palacio Gavíria. A melhor danceteria local. Abaixo, eu e Bel tentando colocar mais de 30 peças de roupa em uma mochila no saguão do hotel e a fazendo compras no Museu da Rainha Sofia (acho que 30 não eram suficientes!)




Barcelona



Com meu artista preferido, Dali em La Rambla (cocô na palheta de tinta) e Sagrada Família na palma das mãos. Eu e Vika no Parque Ghell, de Gaudi e no último dia passeando de bicicleta pelas praias e Barceloneta.



Por problemas para concessões de visto de volta para Luanda, tive que ficar mais tempo do que o previsto no Brasil. Depois de visitar minha família em São Paulo, passei ainda uns 15 dias em Salvador esperando o carimbo no passaporte para poder voltar.

Devido ao atraso consegui passar o São João em Salvador, bem diferente do ano passado em Bonfim, mas delicioso e relaxante. Fui com Fábio para a Praia do Forte, curtir uma areia e um forrozinho light. Vista para o mar e brisa na rede. Fantástico. Conseguimos colocar os nove meses que nos separaram em dia, conversamos sem cansar, filosofamos e não poderia ter sido melhor.

Antes disso ainda estive em Maceió com ele, com Paulinha, Chico e Manga. Eles trabalhando e eu descansando, curtindo matar saudades dos feirões da GM e do trabalho com marketing promocional. Entre um dia de trabalho e outro, um barzinho e uma caipirinha na praia.



Eu, Paulinha e Fábio em barzinho esperando mesa em Maceió e na semana seguinte na Praia do Forte - São João, eu e Binho na sacada do hotel, curtindo a vista do hotel. Sombra, petiscos do frigobar e conta alta.


Minha despedida também foi fantástica. Foi um monte de gente. Amei. Foi muito especial e me senti mais acolhida do que nunca na cidade da Baia de Todos os Santos. Não tem jeito. Salvador foi amor a primeira vista e cada vez que volto la é mais especial. Fomos para o Tijuana e o final da noite terminou com Fau numa filosofia insana na Bahia Marina. Amigooooo.... antes que pensem besteira.