"Me espera que vou ao banheiro "
"Há coisas fantásticas não há? "
"Quando eu olhava no mapa, Angola me parecia muito distante! Um pais perdido no abandonado continente africano, esquecido entre o oceano e o deserto. Hoje estou mudando para Luanda, sua capital, onde eu escolhi acordar pelos proximos meses da minha vida e de onde vou buscar minha inspiracao e emocao para continuar escrevendo. Aqui voce podera acompanhar meu diario sobre a vida nesta cidade, minhas descobertas, aventuras e desventuras em Luanda. Voce podera descobrir comigo como ser too Luanda."
"Me espera que vou ao banheiro "
"Há coisas fantásticas não há? "
As grades do Sanatorio da Conego
3.750 Kuanzas ou USD 50 - o dinheiro mais alto e mais prazerozo que gastei nesta temporada.
Uma rua de terra e várias casinhas simples. A maioria barracos. Os donos emprestam seus muros para o fotógrafo expor suas fotos
Filhos dos moradores dessas casas foram instruídos para receber os visitantes e apresentar as fotos casa por casa. Detalhe: a maioria dos visitantes que eram pessoas do bairro que estavam ali para prestigiar e festejar o trabalho do artista e nós, os únicos de fora de verdade. Os únicos brancos e com uma grande oportunidade de viver um pouco o dia dos angolanos que representam a grande maioria do país.
Não aguentei. Fiquei aqui grande parte do tempo que estivemos na exposição.
Não preciso dizer como me senti ou qual era a minha vontade. Meu sorriso me entrega. Todas as crianças eram receptivas e queriam por que queriam tirar suas fotos conosco. E eu também, claro. Tentei conversar com todas as que cruzaram meu caminho porém elas não são muito falantes e ainda há a dificuldade do sotaque e do falar baixinho, mas via-se nos olhos de cada uma delas o que queriam dizer.
Aqui algumas fotos das famílias que moram na rua. Numerosas e bem simples, eu via que assistiam a tudo aquilo sem entender muita coisa. Em seus muséques, ficavam a porta somente passando os olhos nos transeuntes, em nós e em suas crias. Sempre sorridentes e receptivos.