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Essa semana tive que fazer uma pesquisa aprofundada sobre as línguas angolanas, alguns ritmos e datas comemorativas locais para poder elaborar um briefing de um trabalho do meu cliente favorito, Belas Shopping, para o Brasil. Acho que vale a pena passar um pouquinho dessas informações para vocês conhecerem. Ainda mais por ser sobre idiomas e musica, coisas que eu gosto muito de conhecer e saber cada vez mais.
Aqui temos alguns ritmos e danças que são locais e tocados em todos os lugares que vamos (com exceção daqueles bares fantásticos para estrangeiros que vamos aos finais de semana). A Kizomba, que em sua tradução quer dizer “festa”, nasceu em Angola nos anos 80 em Luanda, após as grandes influências musicais dos Zouks, e com a introdução das caixas rítmicas drum-machine, depois com os grandes concursos que invadiram Angola. Transformou-se e desdobrou-se em variações chamadas Cavalinho e Kizomba corrida e acrobática, dançada por dois rapazes.
As grandes farras nos anos 50/70 eram chamadas Kizombadas, porque nesta altura não existia kizomba como expressão bailada e nem musical. O Semba e outro ritmo bem gostoso. Significa umbigada na língua dos escravos de Luanda. É uma dança de salão angolana urbana. Dançada a pares, com passadas distintas dos cavalheiros, seguidas pelas damas em passos totalmente largos onde o malabarismo dos cavalheiros conta com muita improvisação. Legal de ver e ouvir, mas não e o meu preferido para dançar. Ai, quem me conhece e conhece a Tarrachinha, prima-irma do Arroxa, apostaria e ganharia no meu ritmo preferido. Bom de ver, bom de ouvir mas muito ousado demais para dançar. E uma dança erótica. Praticamente um ato sexual na vertical. Não e preciso descrever, basta imaginar. E a dirt-dancing de Angola. Se algum dia eu ousar dançar isso, vou fazer questão de filmar porque esse dia nunca se repetira!